domingo, 19 de fevereiro de 2017

Damiani: "A geração 2000 é a geração da nossa gestão"

Mozart Maragno


Passados alguns dias de sua demissão, Erasmo Damiani, ex-coordenador das categorias de base da CBF, conversou com o Olheiros sobre o processo de saída e o frustrante Sul-Americano Sub-20. Fez um balanço acerca de sua gestão e falou, especialmente, da geração 2000, que, além de muito talentosa, se trata da geração que ele, junto com sua equipe, pôde trabalhar desde o início, nas primeiras convocações para a categoria sub-15.

O Sul-Americano Sub-17 começa no próximo dia 23 de fevereiro, sob grande expectativa de quem acompanha categorias de base, especialmente por alguns dos talentos brasileiros. O mais destacado, sem dúvida, é Vinícius Júnior, atacante do Flamengo e sensação na última Copa São Paulo, mesmo com apenas 16 anos. Damiani destaca, porém, o trabalho organizacional feito desde 2015. "A geração 2000 é a geração da nossa gestão, a qual começamos o trabalho do início, com várias convocações, jogos e torneios", afirma.

São vários os campeões sul-americanos sub-15 há dois anos presentes no grupo, além do técnico daquele time – Guilherme Della Dea integra a comissão de Carlos Amadeu. Além do já citado Vinícius Júnior, foram destaques da campanha de 2015 o mosqueteiro Vitinho, o goleiro Gabriel Brazão, do Cruzeiro, e o meia Alan, do Palmeiras, todos presentes na atual sub-17.

A situação de Amadeu não parece confortável após a saída de Damiani, mas o técnico terá que "virar a chave" e focar 100% nas questões de campo e bola. Sua sobrevivência na CBF dependerá exclusivamente do resultado do Sul-Americano Sub-17 – após o fracasso sub-20, a pressão aumentou e a resposta terá que ser imediata. O presidente Marco Polo Del Nero parece ter, pelas últimas decisões, uma preocupação grande com questões políticas e midiáticas, acima das técnicas e de projeto.

Sobre o próximo gestor da CBF, Damiani revelou gratidão pela oportunidade de trabalhar no topo de sua carreira como homem de base, porém revelou preocupação: "Tínhamos um projeto se estruturando, deixamos um legado, mas temos receio de um retrocesso". Os rumores de Alessandro, ex-lateral do Corinthians, não animam ninguém que entende a base como vital para a oxigenação do futebol brasileiro. Com a bola, Del Nero e o coordenador de seleções, Edu Gaspar, que parece ser quem vai decidir o ocupante da vaga.

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