Cinco perguntas para Gustavo, campeão da Copinha

Gustavo Vargas

Não há como falar no Figueirense, vencedor da Copa São Paulo em 2008, e não lembrar de Gustavo. O jovem goleiro daquela equipe, então treinada pelo campeão olímpico Rogério Micale, simplesmente fechou o gol – a atuação na semifinal contra o São Paulo foi histórica – e ajudou o clube catarinense a conquistar um título inédito e inesquecível. Hoje no Passo Fundo-RS, ele conversou com o Olheiros e relembrou a façanha. Confira:

Olheiros – Você foi personagem no título inédito do Figueirense, em 2008. Quais são as lembranças daquela Copinha?

Gustavo – É sempre um prazer falar sobre esse título histórico que conseguimos pelo Figueirense. As lembranças são as melhores possíveis. Foi um momento único na minha vida, na minha carreira. Chegar ao clube e conseguir um título tão importante, inédito, foi inesquecível. Um lance que marcou muito foi na semifinal, contra o São Paulo, quando o (atacante) Roniele finaliza duas vezes, em sequência, e eu consigo defender. 

Olheiros – Além do título, você foi eleito o melhor goleiro daquela competição. Qual foi o impacto disso na sua carreira?

Gustavo – Teve um impacto legal, uma repercussão muito grande. Logo após o título, tive a oportunidade de jogar no Porto, em Portugal, uma experiência única de trabalhar com Helton e Vitor Baía. Depois voltei para o Figueirense, fui para a Ponte Preta, fiz um contrato longo e joguei Paulistão e Brasileiro. Também defendi Red Bull, Marília, Remo, Mogi Mirim, entre outros clubes.

Olheiros – Não há dúvidas de que o Figueirense marcou muito a sua vida. Você ainda mantém contato com o clube e os companheiros daquela época?

Gustavo – Mantenho contato, sim, com o (lateral-esquerdo) Massari, o (meia) Talhetti. Fui padrinho de casamento do (atacante) Franklin, inclusive. O Figueirense mora no meu coração, foi quem que me revelou para o futebol brasileiro, me projetou com esse título. Tenho um amor muito grande pelo clube, sempre que tem a Copa São Paulo o professor Joseval, preparador de goleiros da base, me convida para dar palestra, conversar com os meninos.

Olheiros – E o que você procura passar para esses meninos, que sonham em ser jogadores profissionais?

Gustavo – Primeiramente digo que tudo o que você faz com amor nunca vai dar errado, não importa a área profissional. É preciso ter amor, dedicação e o mais importante: muita vontade e determinação. 

Olheiros – Nove anos depois, você é o goleiro do Passo Fundo-RS para a disputa do Campeonato Gaúcho. Quais são seus objetivos de agora em diante?

Gustavo – As expectativas são as melhores possíveis. Analisei e aceitei com muito carinho a proposta do Passo Fundo, é um clube muito correto e que almeja coisas grandes aqui no Rio Grande do Sul. Me identifiquei com isso, e meu objetivo é conseguir levar o Passo Fundo o mais longe possível na temporada, visando o cenário nacional.

FICHA TÉCNICA

Nome: Gustavo Gomes da Silva
Posição: goleiro
Data de nascimento: 02/04/1989
Naturalidade: Campinas-SP
Clubes: Figueirense, Porto-POR, Ponte Preta, Red Bull Brasil, Marília, Remo, Mirassol, Botafogo-SP, ABC, Mirassol, Ituano, Rio Preto, Mogi Mirim e Passo Fundo
Destaque: campeão e melhor goleiro da Copa São Paulo em 2008

Foto: Gustavo Vargas/Olheiros